As rampas de acesso foram instaladas como parte de um projeto de revitalização da região, o qual incluiu a construção de um muro de gabião ao longo de 18 quilômetros. Esse muro visa conter e controlar erosões e, inicialmente, não contemplava um acesso para os animais saírem das águas do rio. No entanto, graças à observação atenta da ativista Mariana Aidar, presidente da ONG Capa, as obras foram paralisadas e toda a estrutura do projeto foi alterada para incluir as rampas de acesso.
Essas rampas, distribuídas ao longo do trecho da marginal Pinheiros, têm permitido que capivaras e outras espécies de animais silvestres saiam da água e circulem pelo gramado das margens. No entanto, mesmo com essa melhoria, os animais enfrentam o perigo do trânsito intenso nas marginais, já que a falta de muros de proteção em alguns trechos pode resultar em acidentes graves.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) instalou sinalizações de advertência sobre a presença de capivaras nas marginais e dispositivos para evitar acidentes com veículos projetados para as margens dos rios. No entanto, ainda são necessárias medidas adicionais para garantir a segurança desses animais e dos condutores.
Segundo dados da ONG, cerca de 60 espécies, incluindo mamíferos, aves e répteis, habitam o rio Pinheiros. Por isso, a conscientização e o respeito à vida selvagem são fundamentais para coexistirmos harmoniosamente com esses animais em meio à sociedade urbana.
Portanto, o trabalho de preservação e adaptação do ambiente urbano para as espécies silvestres é crucial para garantir a sobrevivência e a qualidade de vida desses animais em um contexto cada vez mais marcado pela expansão das áreas urbanas. A sensibilidade e o respeito pela natureza são essenciais para promover uma convivência saudável e sustentável entre seres humanos e animais.