Atualização de software da CrowdStrike provoca apagão cibernético global, mas impacto no Brasil é amenizado pela baixa presença da empresa no país

A empresa de cibersegurança CrowdStrike vive um momento desafiador no mercado brasileiro, buscando se consolidar e expandir sua presença. No entanto, antes que pudesse ganhar maior tração no país, uma atualização do programa de proteção da empresa causou um apagão cibernético global, afetando milhares de computadores em todo o mundo.

A baixa presença da CrowdStrike no Brasil foi apontada como um dos motivos para o impacto relativamente menor da pane no país em comparação com outras regiões. Especialistas apontaram que a Receita Federal, por exemplo, não foi afetada devido à não utilização do antivírus que causou os problemas em escala global.

Enquanto nos Estados Unidos a situação foi caótica, com longas filas nos aeroportos e centenas de voos cancelados, no Brasil os impactos foram mais limitados. Isso reflete a discrepância na arrecadação da empresa de cibersegurança, com a maior parte de sua receita oriunda dos EUA, evidenciando a necessidade de expandir sua presença em mercados como o brasileiro.

Segundo Jesaias Arruda, vice-presidente da Abranet, a CrowdStrike enfrenta desafios para se firmar no Brasil devido ao alto custo de seu software em comparação com antivírus convencionais. No entanto, o uso massivo da ferramenta em mercados mais desenvolvidos evidencia sua eficácia e recursos avançados.

Fundada no Texas em 2011, a CrowdStrike destaca-se por seu software de defesa Falcon, baseado em inteligência artificial, capaz de antecipar ameaças e agir preventivamente contra ataques cibernéticos. A empresa atende clientes em diversos setores, incluindo o governo americano, para investigações de ameaças digitais.

No Brasil, a empresa enfrenta um cenário competitivo, com forte presença de marcas consolidadas. Apesar disso, a baixa digitalização da economia brasileira pode representar uma oportunidade para a CrowdStrike expandir sua atuação no país.

Diante do apagão cibernético, as empresas afetadas foram aconselhadas a iniciar suas máquinas em modo de segurança e deletar os arquivos da última atualização do software Falcon. Especialistas alertam que as consequências do incidente podem resultar em processos de responsabilização, e as empresas devem estar cientes de seus direitos e obrigações contratuais.

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