O local onde os meninos estavam, localizado próximo a Livingstone, foi descrito como insalubre e perigoso, sem autorização para funcionar. Três dos resgatados precisaram de atendimento médico, um deles com esquistossomose, uma doença transmitida pela água contaminada que afeta o crescimento e desenvolvimento cerebral das crianças.
Os responsáveis pelo campo foram acusados de recrutar os meninos diretamente das escolas, sem o consentimento dos pais. Muitas vezes, os meninos eram coagidos a participar dos rituais, sob ameaças e pressão. Alguns chegaram a sofrer punições físicas quando tentaram fugir durante a noite.
Embora a circuncisão masculina cirúrgica seja disponibilizada em hospitais públicos e privados na Zâmbia, certos grupos étnicos optam pela abordagem tradicional. Apesar dos benefícios da circuncisão para prevenção de infecções, como o HIV, a prática tradicional ainda persiste, especialmente durante o inverno para minimizar o desconforto no processo de cicatrização.
O proprietário do campo ilegal foi detido inicialmente, mas liberado sob a condição de incendiar as estruturas do local. O caso levantou debates sobre a importância de respeitar os direitos das crianças e a necessidade de regulamentação e fiscalização para evitar situações como essa no futuro. A comunidade internacional acompanha de perto o desenrolar desse resgate e as medidas que serão tomadas pelas autoridades para combater a prática ilegal de circuncisão forçada.