Os resultados mostraram que espaços ao ar livre com água, como rios, lagos e oceanos, e atividades como acampamento e jardinagem, têm o maior impacto positivo. Além disso, a natureza urbana, como parques, montanhas e florestas, também oferece efeitos significativos.
Segundo Joanna Bettmann, professora da Faculdade de Serviço Social da Universidade de Utah e autora principal do estudo, a preservação de áreas verdes é fundamental para garantir esses benefícios. Ela ressalta que mesmo dez minutos na natureza urbana podem trazer melhorias significativas, especialmente para aqueles que não têm tempo, recursos ou interesse em se aventurar na natureza selvagem.
A exposição à natureza mostrou melhorias estatisticamente significativas a curto prazo nos sintomas de saúde mental, especialmente para os participantes diagnosticados com transtornos de humor, como depressão, ansiedade ou transtorno bipolar. Dos 45 estudos analisados, que incluíram 1.492 participantes adultos com doenças mentais diagnosticadas, 18 foram randomizados, o que significa que os participantes foram escolhidos de forma aleatória.
A OMS destaca que uma em cada oito pessoas tem algum tipo de doença mental, tornando importante a identificação e promoção de suportes de saúde mental acessíveis. Bettmann alerta que o tempo na natureza não deve substituir outras intervenções terapêuticas, mas sim ser considerado um recurso barato e amplamente disponível para apoiar a saúde mental e o bem-estar geral dos adultos.
Portanto, dar um pequeno passeio ou fazer uma viagem de acampamento pode ser uma forma simples e eficaz de cuidar da saúde mental e do bem-estar. Além disso, a natureza oferece benefícios que vão além do aspecto terapêutico, contribuindo para a qualidade de vida e a felicidade das pessoas.