Segundo informações divulgadas, o empresário foi preso em Brejo da Madre de Deus, interior de Pernambuco, com o auxílio da Polícia Militar. Inicialmente, ele foi localizado em Caruaru, mas conseguiu sair da cidade antes da chegada do Grupo Tático Especial de Monteiro, o que só aumentou a tensão em torno do caso.
A vítima, uma jovem de 15 anos, foi morta com tiros na cabeça e no rosto, em um ato cruel que chocou até mesmo os mais experientes policiais. Relatos de amigos da adolescente apontam que ela sofria constantemente com a violência do namorado, vivendo um relacionamento abusivo e permeado por agressões físicas e psicológicas.
A mãe da vítima, Maria Lúcia dos Santos, revelou em entrevista para uma emissora de TV local que a filha era maltratada e constantemente ameaçada pelo suspeito. A jovem temia não apenas por sua própria vida, mas também pela segurança de sua família, temendo represálias do agressor.
Amigas da adolescente relataram à polícia que ela frequentemente aparecia com marcas de agressões pelo corpo, incluindo mordidas. O suspeito, inclusive, já havia sido condenado anteriormente por lesão corporal contra a própria filha, o que evidencia um padrão de comportamento violento e abusivo.
A defesa do empresário ainda não se pronunciou sobre o caso, mas a gravidade e brutalidade do crime traz à tona a urgência de se combater a violência contra a mulher no país. Dados recentes apontam que mais de 10 mil mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil entre março de 2015 e dezembro de 2023, de acordo com levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O feminicídio, crime qualificado quando cometido contra a mulher por razões de gênero, violência doméstica e discriminação, é uma triste realidade que assola a sociedade brasileira. A lei sancionada em 2015 trouxe avanços na punição desses crimes, mas ainda há muito a ser feito para garantir a segurança e proteção das mulheres em todo o país. Em meio a mais um caso chocante como este, é imprescindível que a sociedade e as autoridades se unam em prol da erradicação da violência de gênero e da proteção das mulheres contra agressores como Gilson Cruz de Oliveira.
