A estreia do festival foi marcada pela encenação da peça “Absalon, Absalon!”, dirigida pela talentosa Séverine Chavrier. Baseada no romance de William Faulkner, a peça conta a história de Thomas Sutpen, um homem que tenta construir uma vida e uma família, mas acaba sendo um eterno estranho em sua comunidade. A diretora francesa destacou que sua interpretação não é literal, mas busca capturar a essência e a atmosfera do livro.
A expectativa para a peça é alta, pois resgata o universo sombrio de Faulkner, ambientado nos Estados Unidos da Guerra Civil e da Secessão, marcados pela escravidão e pelo genocídio dos povos originários. O fracasso dos sonhos de glória é uma temática recorrente na obra do autor, e Chavrier busca explorar essas nuances no palco.
Logo após a peça de Chavrier, a artista espanhola Angelica Liddell traz sua visão única para o Festival de Avignon. Conhecida por espetáculos impactantes que transcendem as fronteiras do teatro, Liddell promete uma experiência intensa e profunda, explorando o que ela chama de “pornografia da alma” em suas obras.
Com uma programação diversificada e a presença de talentosos artistas internacionais, o Festival de Avignon promete ser um marco cultural neste ano, mesmo diante de desafios e tensões políticas que permeiam o cenário francês. A arte será o foco nos próximos dias, levando o público a reflexões e emoções intensas.