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Comissão de Direitos Humanos aprova emissão gratuita de certidões para pessoas pobres e projeto segue para análise na Comissão de Assuntos Econômicos

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (30), um projeto que permite a emissão virtual gratuita da segunda ou demais vias de certidão de nascimento e de óbito para pessoas em situação de vulnerabilidade social. O texto, de autoria do senador Mecias de Jesus, agora segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para análise.

O senador Mecias de Jesus, do partido Republicados de Roraima, criticou a burocracia imposta por alguns cartórios para a emissão de segundas vias de certidões, alegando que muitos cobram taxas mesmo para a emissão online, o que dificulta o acesso dos mais pobres a esses documentos essenciais. A relatora do projeto na CDH, senadora Jussara Lima, do PSD do Piauí, ressaltou que os custos de deslocamento para obter a certidão em papel são significativos para as pessoas vulneráveis, justificando a importância da versão virtual gratuita.

Durante a reunião da CDH, presidida pelo senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, a senadora Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, leu o relatório elaborado por Jussara Lima. A proposta aprovada no colegiado prevê a gratuidade não apenas para a segunda via, mas para quaisquer vias posteriores. O objetivo é garantir que as pessoas em situação de vulnerabilidade tenham acesso facilitado a esses documentos sem a necessidade de deslocamento.

Segundo a relatora, os custos para emitir a segunda via da certidão podem chegar a até R$ 169,10, dependendo do estado. O projeto original previa a isenção após comprovação de vulnerabilidade por meio de documentos específicos, como a carteira de trabalho ou inscrição no CadÚnico, porém, a relatora optou por manter a comprovação apenas por autodeclaração.

A medida é vista como um avanço na garantia dos direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade social e deve facilitar o acesso a documentos essenciais sem a necessidade de gastos extras. O projeto agora aguarda a análise da Comissão de Assuntos Econômicos antes de seguir para votação em plenário.

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