Com uma fronteira de 2.000 km com a Venezuela, o Brasil precisa cooperar com o país vizinho em diversas questões, tais como o combate à criminalidade internacional, a proteção dos povos indígenas e a preservação da Floresta Amazônica. Amorim ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não teve diálogo com o presidente Nicolás Maduro desde as eleições, devido à falta de sinais de abertura para um diálogo franco.
O assessor especial também criticou as sanções impostas à Venezuela pela comunidade internacional, destacando que tais medidas se mostraram ineficazes e prejudicam injustamente a população do país. Sobre a classificação do governo venezuelano como uma ditadura, Amorim evitou rotular países nesses termos, mas reconheceu que o mal-estar nas relações bilaterais é evidente, especialmente diante do não reconhecimento da vitória autodeclarada de Maduro.
Durante a audiência, o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança expressou preocupação com o possível alinhamento ideológico da diplomacia brasileira com grupos terroristas e criminosos, o que poderia fragilizar a posição do Brasil no cenário internacional. Amorim assegurou a manutenção do diálogo com o governo venezuelano e informou sobre os esforços para receber pagamentos de dívidas pendentes, visando restabelecer relações comerciais favoráveis entre os países.
Após a discussão, conclui-se que a diplomacia brasileira busca equilibrar interesses políticos e econômicos, mantendo o diálogo aberto e buscando soluções pacíficas para questões complexas envolvendo a Venezuela. A importância da cooperação mútua e do respeito à soberania nacional foram temas centrais do debate, ressaltando a necessidade de ações concretas para superar as divergências e fortalecer as relações bilaterais na região.