Uma das possibilidades investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) é o acúmulo de gelo em partes da aeronave, o que pode ter contribuído para a queda. Durante o depoimento, Felício Filho repudiou as declarações de um ex-comandante da empresa que relatou o uso de um palito para acionar o botão de antigelo em uma aeronave da companhia, afirmando que em situações desse tipo cabe demissão sumária dos responsáveis.
O presidente da Voepass ressaltou a importância da segurança dos passageiros e tripulantes, afirmando que prefere cancelar ou atrasar um voo do que colocar em risco a vida das pessoas. Ele também foi questionado pelo relator da comissão externa da Câmara, deputado Padovani, sobre a ausência de comunicação à torre de controle relacionada a problemas no equipamento de degelo antes do acidente.
Felício Filho destacou que somente as investigações do Cenipa poderão esclarecer verdadeiramente as circunstâncias que levaram à queda da aeronave. O presidente da Voepass também afirmou que o avião tinha combustível suficiente para voar em altitude mais baixa, a fim de evitar formações de gelo, porém preferiu não comentar sobre a possibilidade de o acidente ter sido evitado nesse cenário.
Por fim, Padovani ressaltou que o objetivo da comissão externa não é atribuir culpados, mas sim sugerir mudanças na legislação aérea com o intuito de aumentar a segurança no tráfego aéreo e prevenir futuros acidentes. A conclusão das investigações pelo Cenipa ainda pode levar meses para ser finalizada, trazendo luz sobre os detalhes do trágico acidente.