A atuação policial naquele dia chamou a atenção da imprensa, com a presença da equipe da Agência Brasil nas ruas de São Paulo para cobrir a manifestação. O fotógrafo Paulo Pinto, junto ao repórter Bruno Bocchini, testemunhou o momento em que o jovem foi reprimido pelos policiais, resultando em uma imagem que seria premiada mais tarde no 46º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.
Paulo Pinto, renomado fotojornalista, conta que sua experiência o leva a manter a calma e a discernir quando direitos estão sendo desrespeitados durante manifestações públicas. Ao capturar a cena da repressão policial, ele expôs um abuso de poder que muitas vezes ocorre em cenários de protesto. Segundo o fotógrafo, é importante destacar que nem sempre as autoridades policiais cumprem seu papel de proteção ao cidadão, podendo exagerar em suas ações.
Com uma trajetória iniciada na adolescência e marcada por prêmios e reconhecimento, Paulo Pinto se consolidou como um dos grandes nomes do fotojornalismo brasileiro. Sua foto premiada na manifestação do MPL não apenas evidenciou a violência policial, mas também ressaltou a importância do jornalismo em denunciar abusos e defender os direitos humanos.
Além disso, o profissional foi homenageado em outro importante concurso de fotografia, o Museu do Futebol 2024, demonstrando seu talento e compromisso com a profissão. A premiação em ambos os eventos reforçam a relevância do trabalho jornalístico independente e comprometido com a verdade, sendo essencial para a manutenção da democracia e dos direitos fundamentais dos cidadãos.