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Enchentes no Rio Grande do Sul: 1.810 pessoas continuam desabrigadas quase seis meses após a tragédia, revela monitoramento da Sedes.

Após quase seis meses das enchentes que assolaram regiões do Rio Grande do Sul, ainda há 1.810 pessoas desabrigadas no estado, de acordo com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) do governo gaúcho. Estas pessoas estão distribuídas em 40 abrigos públicos que seguem em funcionamento em 23 cidades. As regiões mais afetadas são a região metropolitana da capital Porto Alegre, onde quase metade dos desabrigados se encontra, e a área do Vale do Taquari, com 25,86% do total.

A cidade de Canoas se destaca como o município com o maior número de desabrigados, totalizando 501 pessoas em dois abrigos públicos, seguida por Porto Alegre, com 359 pessoas, e Encantado, com 232 pessoas. Durante o pico da tragédia em 12 de maio, o número de desabrigados chegou a 78.724, diminuindo posteriormente para 12.201 após um mês. Desde então, o número de vítimas nos abrigos públicos continua diminuindo gradualmente.

A Sedes não prevê uma data para desativar os abrigos públicos e ainda não há um monitoramento sobre o número de pessoas desalojadas, que precisaram buscar abrigo em residências de amigos e parentes devido às enchentes. Do total de 500 casas temporárias planejadas, apenas 144 foram entregues pelo governo estadual, e há também a previsão de construção de 422 casas definitivas.

Em relação à ajuda financeira às famílias desabrigadas, o governo estadual disponibilizou R$ 400 milhões na área social. Cerca de 90 mil famílias receberam uma parcela única de R$ 2.500, destinadas a desabrigados ou desalojados em situação de pobreza extrema. Além disso, o governo gaúcho transferiu R$ 2.400 por família ao longo de seis meses, beneficiando 8.345 famílias em 52 cidades em parceria com as prefeituras.

A Sedes informou que está em andamento a tramitação administrativa para a liberação da segunda parcela referente a mais seis meses para os municípios que aderiram ao programa de auxílio financeiro. A situação das famílias desabrigadas no Rio Grande do Sul continua sendo acompanhada de perto pelas autoridades competentes, visando à recuperação e à reconstrução das áreas afetadas pelas enchentes.

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