Gervais, de forma magistral, consegue conduzir suas piadas de maneira a provocar risos mesmo entre os mais sensíveis, mostrando que o limite do humor deveria ser o riso e não a censura. Infelizmente, nem todos os comediantes têm essa habilidade, como foi o caso de Tony Hinchcliffe, que falhou ao tentar aquecer a plateia no comício de Donald Trump no Madison Square Garden.
Hinchcliffe, em sua tentativa desesperada de ser provocativo, acabou constrangendo os republicanos presentes e revoltando os ausentes com piadas preconceituosas que beiraram o mau gosto. Sua falta de graça e talento ficaram evidentes, tornando sua performance de pouco mais de dez minutos um verdadeiro fiasco.
Ao tentar ridicularizar os eleitores democratas, Hinchcliffe falhou miseravelmente em arrancar reações da plateia, exceto em momentos pontuais. Suas piadas racistas e de mau gosto, como aquelas envolvendo o rapper Bad Bunny e a relação de Trump com o rapper P. Diddy, caíram como uma bomba, levantando questionamentos sobre os limites do humor e o papel dos comediantes na sociedade atual.
Em meio a tentativas fracassadas de ser engraçado, Hinchcliffe provocou desconforto e constrangimento, mostrando que nem todo humor é bem-vindo ou bem executado. A liberdade de expressão deve ser cultivada, mas também é importante lembrar que com ela vem a responsabilidade de escolher as palavras com cuidado e respeito. No final das contas, o riso deve ser resultado de inteligência e perspicácia, não de grosseria e falta de sensibilidade.