Os estudos de Pappus, no final do século 3 d.C., são particularmente interessantes. Em sua “Coleções Matemáticas”, ele faz referência à geometria hexagonal das colmeias de abelhas como um exemplo de perfeição matemática na natureza. Para ele, a capacidade das abelhas de armazenar mel de forma eficiente, graças a essa geometria, demonstra a importância de estudar problemas isoperimétricos na matemática, mostrando que os seres humanos possuem sabedoria semelhante à das abelhas.
No entanto, somente a partir do século 17 e com a introdução do cálculo matemático é que os avanços significativos no problema isoperimétrico começaram a surgir. Os irmãos Bernoulli, Jacob e Johann, tiveram um papel fundamental nesse progresso, apesar de sua rivalidade pessoal intensa. Posteriormente, Euler e Lagrange contribuíram com novas técnicas para abordar o problema, aproximando-se da prova de que o círculo é de fato a curva que maximiza a área para um perímetro fixado.
No século 19, matemáticos como Weierstrass, Riemann, Steiner e outros colaboraram para a solução completa do problema isoperimétrico. A elegante prova de Steiner, que envolve a questão relacionada de encontrar a figura plana com menor perímetro para uma área dada, é considerada um marco nesse campo da matemática.
Assim, ao longo da história, o problema isoperimétrico tem sido estudado e resolvido por diferentes matemáticos, resultando em avanços significativos no campo do cálculo das variações e da geometria, demonstrando a complexidade e a beleza dos desafios matemáticos que a humanidade enfrenta.