Arquiteto de São Paulo vence concurso para Centro Cultural Rio-África no Rio de Janeiro, com projeto que destaca a ancestralidade africana.

O Centro Cultural Rio-África, que será erguido próximo ao Cais do Valongo, na região conhecida como Pequena África, no porto do Rio de Janeiro, já tem um projeto vencedor. A prefeitura da capital anunciou nesta terça-feira (29) o escritório responsável pela criação do espaço. A iniciativa, fruto da parceria entre a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) e o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), recebeu 36 inscrições de profissionais de arquitetura de todo o país.

O projeto campeão leva a assinatura do renomado arquiteto Marcus Vinicius Damon Martins De Souza Rodrigues, do Estúdio Modulo De Arquitetura e Urbanismo, com sede em São Paulo. A escolha do vencedor foi realizada por uma banca de jurados composta por especialistas do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Cabo Verde, e teve como foco arquitetos negros brasileiros e africanos de língua portuguesa.

Damon destacou a relevância da ancestralidade africana em seu trabalho vitorioso, com referências que remetem a diversas culturas do continente, como as espadas de São Jorge na entrada do Centro Cultural e a fachada que lembra as tramas africanas. O espaço será dedicado à exposição da história e da cultura afro-diaspórica, promovendo uma visão sensível e crítica para o público.

Além disso, o Centro Cultural Rio-África terá um olhar para o futuro, conforme explicou o coordenador de Promoção da Igualdade Racial, Yago Feitosa. O local será um ambiente propício para o desenvolvimento de talentos negros, com apresentações artísticas e programas educativos que visam enaltecer a contribuição da África para a civilização brasileira.

No total, os três primeiros colocados no concurso receberão um prêmio de R$ 105 mil, sendo que o primeiro lugar terá a oportunidade de desenvolver completamente o projeto vencedor. O Centro Rio-África surge como um marco importante para a valorização da cultura afrodescendente e como uma forma de reconhecer a influência positiva e significativa da África na construção da identidade brasileira.

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