De acordo com as informações compartilhadas por Lavareda, Boulos obteve praticamente o mesmo desempenho eleitoral que teve na eleição anterior, em 2020, com uma diferença mínima de apenas 0,3% nos votos. O especialista ressaltou que no primeiro turno Boulos conquistou cerca de 29% dos votos, o que corresponde, em grande parte, aos 20% que obteve na eleição passada, somados aos 9% que Jilmar Tatto (PT) conquistou naquela ocasião.
Mesmo com o apoio significativo do Partido dos Trabalhadores (PT), incluindo recursos financeiros substanciais do fundo eleitoral, a presença de Marta Suplicy como vice-prefeita, a estrutura partidária, os quadros políticos e o tempo de TV, Lavareda argumenta que esses fatores não foram capazes de superar a rejeição persistente ao candidato.
Lavareda destacou a falta de renovação na imagem de Boulos desde o início do governo Lula, apontando a ausência de fatos novos em sua biografia e trajetória política que pudessem reverter parte da rejeição existente. O especialista sugeriu que, para ter sido mais competitivo, Boulos deveria ter assumido uma função distintiva desde o início da administração federal, o que poderia ter contribuído para reduzir sua rejeição entre os eleitores paulistanos.
Em resumo, a análise minuciosa realizada por Lavareda indica que, apesar dos esforços de Boulos em se apresentar como um candidato “do diálogo” na campanha eleitoral, essa estratégia não foi suficiente para alterar significativamente a percepção dos eleitores em relação à sua imagem.