Em entrevista à Agência Brasil, Cardoso ressaltou que os servidores públicos federais compõem um grupo ocupacional diverso e desigual devido à expansão dos serviços prestados pelo Estado. Ele enfatizou a existência de uma desigualdade institucional e remuneratória que persiste no setor público federal, apesar da ampliação de atuações em diversas áreas.
Como estratégias para lidar com essa realidade, o governo federal publicou a Portaria 5127/2024, que busca harmonizar o sistema de carreiras, além de implementar a Nova Lei de Cotas e realizar o Concurso Público Nacional Unificado em agosto deste ano. Essas medidas refletem o compromisso com a equidade de gênero, raça e diversidade social no setor público.
No Dia do Servidor Público, comemorado em 28 de outubro, Cardoso também destacou a importância do Plano de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e Discriminação, que visa promover a igualdade de gênero, raça e diversidade social no ambiente de trabalho. Essas ações contribuem para a construção de um ambiente mais inclusivo e representativo no serviço público.
Quanto às habilidades necessárias para os profissionais do futuro, Cardoso ressaltou a importância da capacidade de resolver situações com base em evidências, foco em resultados para a cidadania e mentalidade digital. Além disso, enfatizou a necessidade de conhecimento crítico sobre a realidade brasileira e as relações entre Estado, políticas públicas e desenvolvimento.
Em relação à política de concursos e negociação salarial, o MGI busca reconstruir e transformar o aparelho de Estado de forma republicana e democrática, visando maior transparência nos processos decisórios e fortalecimento das capacidades estatais. Nesse contexto, a retomada dos concursos públicos e das negociações trabalhistas no setor público são essenciais para garantir um serviço público eficiente e capaz de atender às necessidades da população de forma ágil e eficaz.