Capiba se destacou como um dos maiores compositores de frevo do Brasil, impressionando desde cedo com seu talento. Aos oito anos, ele já tocava trompa e mais tarde aprendeu piano para acompanhamento de filmes mudos em cinemas. Sua paixão pela música era evidente e ele logo abandonou outras atividades para se dedicar inteiramente a essa arte.
Ao longo de sua carreira, Capiba se mudou para a Paraíba e, posteriormente, para o Recife, onde conquistou reconhecimento. Sua primeira grande vitória no frevo foi em 1934, com a composição “É de Amargar”, que se tornou um sucesso. A partir daí, Capiba continuou a se destacar, colaborando com renomados músicos e fundando a Jazz Band Acadêmica em 1950.
Além de suas contribuições para o frevo, Capiba também explorou outros gêneros musicais, como samba, maracatu e guarânia. Sua capacidade de unir ritmo, poesia e identidade cultural o tornou um dos artistas mais versáteis de sua época.
Capiba deixou um legado com mais de 200 canções registradas, sendo mais de 100 delas frevos. Suas músicas, como “Madeira que Cupim Não Rói” e “O Mais Querido” (hino do Santa Cruz Futebol Clube), continuam a ser entoadas durante o carnaval em Recife e Olinda.
A morte de Capiba em 1997, aos 93 anos, não apagou sua influência na música brasileira. Sua obra continua viva e sua importância no cenário cultural pernambucano permanece indiscutível. Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, é e sempre será lembrado como um dos maiores talentos da música brasileira.