Desempenho de Guilherme Boulos no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo é afetado por imagem agressiva e invasora, aponta analista.

O cientista político Antonio Lavareda realizou uma análise minuciosa do desempenho do candidato Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo, apontando um fator determinante para sua derrota: a imagem associada ao candidato. Lavareda destacou que a percepção do eleitorado sobre o perfil de Boulos foi crucial para o resultado das urnas.

De acordo com o analista, a maioria da população de São Paulo enxergou Guilherme Boulos como alguém agressivo, invasor ou ocupante de áreas públicas ou privadas. Essa imagem negativa, segundo Lavareda, foi um obstáculo que o candidato não conseguiu superar durante a campanha eleitoral, contribuindo para sua derrota no pleito.

Lavareda ainda fez uma comparação com eleições anteriores, ressaltando que a diferença de 18 pontos percentuais entre Ricardo Nunes e Boulos se assemelha à vantagem obtida por Bruno Covas sobre o mesmo adversário na eleição passada. Ele também mencionou o feito histórico de Marta Suplicy, que em 2000 foi a única candidata a vencer em todas as 57 zonas eleitorais da cidade.

Para o cientista político, Boulos não conseguiu realizar a transição necessária de sua imagem para se adequar ao papel de prefeito de uma grande cidade. Lavareda sugeriu que uma possível solução para o problema de imagem do candidato poderia ter sido sua nomeação para um cargo no governo federal, o que permitiria a ele mostrar outro lado de sua personalidade e se preparar para um eventual cargo de prefeito.

Em suma, a análise de Lavareda destaca a importância da construção e manutenção de uma imagem positiva e adequada para os candidatos políticos durante o processo eleitoral, ressaltando que essa percepção pode ser determinante para o desfecho das eleições.

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