O Brasil, que neste ano preside o G20, organizou uma série de eventos setoriais em diferentes regiões do país, culminando na cúpula dos chefes de Estado nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. O encontro contará com a presença de líderes como Xi Jinping, Joe Biden e Emmanuel Macron, e será realizado no Museu de Arte Moderna da cidade, com a possibilidade de atuação militar no entorno da área.
Segundo fontes do governo, a decisão de implementar a operação de GLO ainda não foi definitiva, mas está em discussão. O governo avalia que a intervenção será limitada, sem previsão de ampliação. O assunto está sendo tratado com cautela no Palácio do Planalto, em estágio de “consulta informal” e sem uma decisão formal.
Antes do confronto entre criminosos e forças de segurança no Rio de Janeiro, que resultou em três mortes e três feridos durante uma operação no Complexo de Israel, o governo já vinha considerando a possibilidade de uma nova operação de GLO. A decisão de encerrar a operação nos portos e aeroportos do Rio e de São Paulo marcou o final da atuação militar nessas regiões.
As Forças Armadas, que atuaram nos últimos sete meses nos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos, além dos aeroportos de Guarulhos e Galeão, serão substituídas pela Polícia Federal e pela Receita Federal a partir da próxima terça-feira. A implementação da GLO em 2023 ocorreu em um contexto de conflito no Rio de Janeiro, com milicianos incendiando ônibus e trens em protesto contra a morte de um líder miliciano.
A administração de Flávio Dino no Ministério da Justiça foi sucedida por Ricardo Lewandowski, que manteve a decisão de intervenção delimitada no Rio de Janeiro, mesmo após a negativa inicial do presidente Lula. Este havia afirmado anteriormente que não autorizaria a presença militar em favelas durante seu mandato, destacando que não queria as Forças Armadas confrontando criminosos.