Governo avalia GLO no RJ durante cúpula do G20 para reforçar segurança: possibilidade confirmada pela Folha; Lula analisa novo decreto.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está considerando a possibilidade de emitir um novo decreto para autorizar uma operação de GLO (Garantia de Lei e da Ordem) na cidade do Rio de Janeiro durante a realização da cúpula do G20 em novembro. A proposta visa reforçar a segurança na área próxima ao local onde será realizada a reunião com líderes dos países mais ricos do mundo, como os Estados Unidos e a China.

O Brasil, que neste ano preside o G20, organizou uma série de eventos setoriais em diferentes regiões do país, culminando na cúpula dos chefes de Estado nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. O encontro contará com a presença de líderes como Xi Jinping, Joe Biden e Emmanuel Macron, e será realizado no Museu de Arte Moderna da cidade, com a possibilidade de atuação militar no entorno da área.

Segundo fontes do governo, a decisão de implementar a operação de GLO ainda não foi definitiva, mas está em discussão. O governo avalia que a intervenção será limitada, sem previsão de ampliação. O assunto está sendo tratado com cautela no Palácio do Planalto, em estágio de “consulta informal” e sem uma decisão formal.

Antes do confronto entre criminosos e forças de segurança no Rio de Janeiro, que resultou em três mortes e três feridos durante uma operação no Complexo de Israel, o governo já vinha considerando a possibilidade de uma nova operação de GLO. A decisão de encerrar a operação nos portos e aeroportos do Rio e de São Paulo marcou o final da atuação militar nessas regiões.

As Forças Armadas, que atuaram nos últimos sete meses nos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos, além dos aeroportos de Guarulhos e Galeão, serão substituídas pela Polícia Federal e pela Receita Federal a partir da próxima terça-feira. A implementação da GLO em 2023 ocorreu em um contexto de conflito no Rio de Janeiro, com milicianos incendiando ônibus e trens em protesto contra a morte de um líder miliciano.

A administração de Flávio Dino no Ministério da Justiça foi sucedida por Ricardo Lewandowski, que manteve a decisão de intervenção delimitada no Rio de Janeiro, mesmo após a negativa inicial do presidente Lula. Este havia afirmado anteriormente que não autorizaria a presença militar em favelas durante seu mandato, destacando que não queria as Forças Armadas confrontando criminosos.

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