Um estudo recente, publicado no Journal of Behavioral Addictions, revelou que as estudantes mulheres passam em média dez horas por dia em seus celulares, enquanto os homens gastam cerca de oito horas. Essa exposição prolongada tem sido associada a uma série de problemas, não apenas acadêmicos, mas também sociais e psicológicos.
O rápido ritmo dos vídeos e estímulos presentes nas redes sociais e aplicativos de entretenimento torna a realidade fora das telas lenta e entediante para os jovens. A espera em filas, a leitura de livros complexos e até mesmo momentos de convívio familiar tornam-se menos atraentes diante da voraz velocidade das conexões digitais.
É importante ressaltar que a tecnologia em si não é negativa, mas é inegável que está causando mudanças em nossos comportamentos e capacidades cognitivas. Adultos que antes conseguiam se concentrar em atividades como a leitura agora enfrentam dificuldades em desviar a atenção de seus telefones e redes sociais.
As crianças, por sua vez, são atraídas por videojogos e aplicativos que oferecem estímulos viciantes e velozes, muitas vezes à custa da imaginação e da interação social offline. Nesse cenário, os pais acabam por enfrentar um desafio desigual na disputa pela atenção de seus filhos contra os criadores de conteúdo digital.
É urgente que as instituições, políticas públicas e escolas se atualizem e regulem de forma eficaz esse fenômeno, que apresenta riscos potenciais para o desenvolvimento saudável das crianças. A conscientização por parte dos pais é essencial para garantir que haja um equilíbrio saudável entre a tecnologia e as interações humanas no cotidiano familiar. A atenção e o tempo dedicados aos filhos serão fundamentais para construir relações empáticas e preservar a conexão humana em meio ao avanço tecnológico acelerado. É hora de agir.
