Nunes, atual prefeito, destacou sua parceria com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e enfatizou medidas que implementou em seu mandato, visando conquistar os eleitores com uma plataforma considerada mais liberal. Por outro lado, Boulos investiu na imagem de candidato da mudança, apontando falhas na gestão de Nunes e procurando questionar a ética e a competência do adversário.
Durante o debate, o terceiro colocado no primeiro turno, Pablo Marçal (PRTB), não foi citado, mas Boulos buscou atrair parte do eleitorado do candidato ausente em uma entrevista anterior. Nunes, por sua vez, explorou a ausência de Boulos em uma votação na Câmara dos Deputados, tentando colocar o psolista em posição de fragilidade perante os eleitores.
Os candidatos abordaram temas como parcerias público-privadas, descriminalização das drogas e questões relacionadas à segurança pública, cada um defendendo suas posições e tentando desconstruir as propostas do oponente. A ex-prefeita Marta Suplicy (PT), candidata a vice na chapa de Boulos, também foi alvo de ironias e questionamentos durante o debate.
Além das questões programáticas, os candidatos trocaram acusações e levantaram problemas judiciais um do outro. Nunes foi questionado sobre sua relação com a Justiça em um caso de desvio de recursos públicos, enquanto Boulos teve que lidar com acusações sobre um antigo episódio em sua trajetória política.
Por fim, os candidatos concordaram em alguns pontos, como a manutenção do subsídio do transporte público e a importância de programas habitacionais na cidade. No entanto, as divergências e as tensões entre os dois postulantes à prefeitura de São Paulo ficaram evidentes ao longo do debate, mostrando a polarização e a intensidade da disputa eleitoral na maior cidade do país.
