Repórter São Paulo – SP – Brasil

USP recebe reclamações de universidade israelense por atuação de alunos pró-Palestina; convênios acadêmicos estão sob polêmica.

A Universidade de São Paulo (USP) tem sido palco de discussões e manifestações em defesa da Palestina, causando desconforto em uma universidade israelense que mantém convênios acadêmicos com a instituição brasileira. O Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino, desde o início do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, há um ano, tem se mobilizado em campanhas pelo fim desses convênios.

Os protestos realizados envolvem críticas à conduta de Israel, com destaque para a alegação de violência indiscriminada contra civis, especialmente crianças. Os manifestantes pedem o fim dos convênios, o que gerou uma carta de reclamação da Universidade de Haifa, endereçada à USP.

O reitor da Universidade de Haifa, Gur Alroey, expressou sua preocupação com a possibilidade de interrupção das colaborações acadêmicas, destacando que cientistas israelenses não são responsáveis pela guerra, mas sim vítimas dela. Alroey também fez críticas à campanha Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), acusando-a de infiltrar um movimento contra Israel na Cidade Universitária.

A BDS, fundada em 2005, preconiza o boicote econômico, acadêmico, cultural e político a Israel em defesa dos direitos dos palestinos. No entanto, esse movimento é considerado antissemita por países como Israel e Alemanha.

Apesar das tentativas de diálogo e esclarecimento da Universidade de Haifa, as manifestações na USP continuam, evidenciando um embate ideológico e político em um contexto de conflito internacional. A criação de um Centro de Estudos Palestinos na FFLCH, em contraponto ao Centro de Estudos Judaicos existente na mesma faculdade, reflete a diversidade de opiniões e a complexidade do tema.

Sair da versão mobile