Os pesquisadores analisaram as operações policiais com base em três critérios: prisões ou vítimas, apreensão de armas e drogas ou recuperação de bens, e as motivações por trás das ações policiais. As operações mais bem avaliadas foram aquelas que resultaram em prisões e apreensões, sem mortos ou feridos, e que tinham como objetivo o cumprimento de mandados judiciais ou atendimento a demandas da população.
A classificação das operações variou de -12 a +15 pontos, com operações eficientes obtendo notas entre 14 e 15, razoavelmente eficientes entre 11 e 13,5, pouco eficientes entre 7 e 10,5, e ineficientes entre 1 e 6,5 pontos. Operações com notas abaixo de 0,5 foram consideradas desastrosas.
A pesquisa também evidenciou a rotinização das operações policiais no Rio de Janeiro, que acabaram se tornando os principais instrumentos de ação pública na área da segurança. O pesquisador Daniel Hirata ressaltou a falta de um sistema eficiente de controle das operações policiais, o que contribui para a baixa taxa de eficiência.
Recentemente, uma operação policial no complexo de favelas de Israel, na zona norte da cidade, teve que ser suspensa após seis civis terem sido baleados, resultando em três mortes. A ação policial causou transtornos às redes de saúde e educação, além de impactar o trânsito na Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade. Em resposta, o governo do Rio de Janeiro decidiu reforçar o policiamento na região para garantir a segurança da população.
Fica evidente a necessidade de repensar as estratégias de segurança pública no Rio de Janeiro para garantir a eficiência das operações policiais e a integridade da população. A análise dos dados do Geni mostra a urgência de medidas para melhorar a atuação das forças de segurança e reduzir os índices de violência na região metropolitana fluminense.