O maior percentual de lares com casais do mesmo sexo foi registrado no Distrito Federal (0,76%), seguido pelo Rio de Janeiro (0,73%) e São Paulo (0,67%). Já os estados com as menores proporções foram Piauí (0,25%), Maranhão (0,30%) e Tocantins (0,31%).
De acordo com Luciene Longo, analista da gerência de projeções e estimativas do IBGE, o Censo não permite identificar com precisão os motivos que explicam o aumento dos domicílios com casais do mesmo sexo. No entanto, a especialista sugere que a maior disposição dos casais homoafetivos em declarar a relação e o aumento da motivação para a união podem ser fatores que contribuíram para esse cenário.
Em relação à estrutura familiar no Brasil, mais da metade dos domicílios (57,5%) eram formados por responsável e cônjuge ou companheiro de sexo oposto em 2022, com uma redução significativa em relação a 2010, quando esse percentual era de 65,3%. Domicílios sem cônjuge representaram 41,9% do total no censo mais recente.
Vale ressaltar que os lares são identificados como unidades domésticas na pesquisa do IBGE, podendo ser compostos por pessoas que vivem sozinhas ou por conjuntos de habitantes ligados por relações de parentesco, dependência ou normas de convivência em domicílios particulares. Domicílios coletivos, como asilos e presídios, não estão incluídos nessa categoria.