Repórter São Paulo – SP – Brasil

Líder do tráfico no Rio de Janeiro é investigado por terrorismo após ordem de atirar na população para fugir da polícia.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro formalizou a investigação sobre o suposto crime de terrorismo cometido por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, líder do TCP (Terceiro Comando Puro) e fundador do Complexo de Israel, localizado na zona norte da cidade. Segundo informações de inteligência policial, Peixão, que se autointitula traficante evangélico, teria ordenado que seus subordinados atirassem na população para tentar escapar de um cerco policial.

Após uma operação que resultou em seis pessoas baleadas, sendo três mortas, a polícia argumentou que a ação se configura como ato de terrorismo. Entre as razões apresentadas para essa tipificação, a polícia citou a realização de incêndios nas imediações da comunidade, disparos com armas de fogo sem direção determinada para causar pânico, interrupção do transporte público e vias públicas, bem como a imposição de uma religião por parte de Peixão. O governador Cláudio Castro classificou o episódio como terrorismo, destacando que a pena prevista para esse crime é de 12 a 30 anos de prisão.

Peixão é conhecido por fundar o Complexo de Israel durante a pandemia de Covid-19, unindo comunidades através de pontes e tomando territórios de facções rivais. O traficante se autodenomina Tropa do Arão, adotando o nome após se converter ao evangelismo. Em suas propriedades de luxo, a polícia encontrou equipamentos de sadomasoquismo ao lado de bíblias, mostrando a complexidade de sua figura.

Além disso, casos de desaparecimento e extorsão são frequentes no território controlado por Peixão, com relatos de violência e proibição de práticas religiosas diversas. A região do Complexo de Israel é formada por várias favelas e está localizada próxima a importantes vias da cidade. A investigação sobre as atividades de Peixão continua, e ele enfrenta acusações graves que podem resultar em uma longa pena de prisão.

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