Os resultados desse levantamento, que contou com a participação de 1.204 pessoas na capital paulista, revelaram que 71% dos paulistanos acreditam que o contrato com a concessionária de energia deveria ser cancelado. Além disso, grande parte da população (73%) considera que a cidade não está preparada para lidar com eventos climáticos adversos, como ventos fortes e tempestades.
Outro dado relevante apontado pela pesquisa foi a percepção dos entrevistados em relação à responsabilidade de diferentes instâncias políticas pelos apagões. Para 51% dos participantes, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem grande responsabilidade nesse cenário, enquanto o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi apontado por 49% dos entrevistados e a gestão de Lula (PT) por 46%.
Os números também indicam uma polarização nas opiniões dos eleitores em relação aos apagões. Enquanto os eleitores de Nunes atribuem a principal responsabilidade ao governo federal, os apoiadores de Guilherme Boulos (PSOL) apontam a administração municipal como principal culpada.
Além disso, a pesquisa revelou que a maioria dos entrevistados classificou como péssimo o desempenho da Enel na resolução dos problemas causados pelos eventos climáticos. Ademais, metade dos participantes não procurou a empresa devido à falta de energia, e entre os que fizeram contato, 26% não foram atendidos.
Em meio a esse cenário caótico, o debate político se intensifica, com trocas de acusações entre a prefeitura, gestões estadual e federal, e órgãos reguladores. A Enel, por sua vez, afirmou que a crise pela falta de luz foi resolvida, embora ainda houvesse milhares de imóveis sem energia naquele momento.
Esses dados refletem a insatisfação e os impactos negativos que os apagões têm gerado na vida dos paulistanos, exigindo ação imediata por parte das autoridades e empresas responsáveis para garantir um fornecimento de energia elétrica estável e seguro para a população da capital paulista e região metropolitana.