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Degradação recorde na Amazônia em 2024 atinge 26.246 km², equivalente a 17 cidades de São Paulo, segundo dados do Imazon

Explodiu a degradação da floresta amazônica em 2024, atingindo um recorde nunca antes visto nos últimos 15 anos de medição do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) da ONG Imazon. Entre janeiro e setembro, foram desmatados impressionantes 26.246 km2, área equivalente a 17 cidades de São Paulo. Esses dados alarmantes foram divulgados nesta sexta-feira (25), revelando um aumento de 1.265% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando os números atingiram 1.922 km2.

A degradação da floresta amazônica está diretamente relacionada às queimadas e à exploração ilegal de madeira, representando um impacto significativo no bioma. Essa degradação pode alimentar os ciclos de fogo na região, tornando a floresta mais emissora do que sumidora de carbono. Este ano, a região amazônica enfrentou uma crise climática e extrema seca, resultando em rios com níveis mínimos, ondas de fumaça e chuvas escassas.

As áreas degradadas em setembro representaram a maior explosão deste tipo de degradação até o momento, atingindo 20.238 km2 do total. O Pará foi o estado mais afetado, respondendo por mais da metade da degradação em setembro de 2024. Dos municípios mais impactados, sete são paraenses, liderados por São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte e Novo Progresso. Essas áreas estão associadas à grilagem, desmatamento, queimadas e exploração ilegal de ouro.

Após o Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas também registraram altas taxas de degradação. O desmatamento na Amazônia também apresentou um aumento nos últimos meses, marcando quatro meses consecutivos de alta.

Esses dados, alarmantes e preocupantes, revelam a urgência de medidas efetivas para conter a degradação da floresta amazônica e proteger um dos ecossistemas mais importantes do planeta. As informações foram questionadas ao Ministério do Meio Ambiente e aguardam resposta. A luta pela preservação da Amazônia se torna cada vez mais essencial diante desses índices alarmantes de degradação.

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