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Curitiba inaugura primeira pós-graduação em palhaçaria hospitalar do mundo, com carga horária de 360 horas e parceria com PUCPR

Uma escola em Curitiba está inovando ao oferecer a primeira pós-graduação em palhaçaria hospitalar do mundo. A EPAH (Escola de Palhaçaria Hospitalar), em parceria com a PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), lançou o curso gratuito, que teve início no último dia 7 e terá duração de um ano.

Segundo relatos, a advogada e atriz Rosele Vidolin, uma das alunas, sentia falta de um estudo mais direcionado para a área hospitalar, apesar de possuir formação em artes cênicas e ter feito diversos cursos na área de palhaçaria. As aulas, realizadas online duas vezes por semana, contam com encontros mensais agendados e algumas aulas extras. Foram oferecidas 25 vagas através da Lei de Incentivo à Cultura, com uma seleção criteriosa entre os 53 candidatos que passaram por entrevistas.

A EPAH se destaca por sua carga horária de 360 horas, que inclui uma residência, além da certificação pelo Ministério da Educação. Os alunos terão disciplinas como bobologia, filosofia, relações públicas e multiartes, sendo capacitados com habilidades artísticas para lidar com pacientes e com o ambiente de saúde. Também vão contar com aulas ministradas por psicólogos, enfermeiros e médicos, além de uma “residência bobológica” ao final do curso, com supervisão de tutores.

O palhaço e professor Marcelo Marcon, idealizador do curso, ressalta a importância da formação profissional na área de palhaçaria hospitalar, ressaltando que ser voluntário não significa ser amador. A escola busca desenvolver os alunos para que possam propor projetos em hospitais e até mesmo serem remunerados por isso, caso desejem. A gestão do curso é feita pela N Produções Culturais, que coordena o projeto Especialistas da Alegria em hospitais de Curitiba há uma década.

O diretor da produtora, Jefferson Bertoldi, ressalta a importância do diálogo entre a academia e a palhaçaria hospitalar, destacando as pesquisas que comprovam a relevância do trabalho do palhaço no ambiente hospitalar. Com essa iniciativa inovadora, é possível que mais instituições se abram para pesquisas e projetos relacionados à palhaçaria hospitalar, promovendo assim uma visão mais profissional e terapêutica da atuação dos palhaços nesse contexto.

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