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Ciclone extratropical causa estragos em 51 cidades do Rio Grande do Sul, com ventos de até 133 km/h em Igrejinha

Um ciclone extratropical em formação sobre o Uruguai causou estragos em diversas cidades do Rio Grande do Sul. O evento climático, que atingiu 51 municípios do estado, ocorreu na quinta-feira (24) e resultou em rajadas de vento que alcançaram até 133,2 km/h em Igrejinha, uma cidade com 35 mil habitantes. Os fortes ventos causaram danos como quedas de árvores e destelhamentos em várias localidades.

Entre os relatos de danos, destacam-se os casos de duas pessoas feridas no estado. Uma mulher em Sapucaia do Sul foi hospitalizada com ferimentos na cabeça, porém sem risco de vida. Já em Erechim, uma pessoa ficou ferida durante a colocação de uma lona, devido aos destelhamentos e quedas de árvores causados pelo vendaval, que afetou mais de cem residências na região.

A capital Porto Alegre também sofreu consequências do ciclone, com quedas de árvores, danos em residências e interrupções no fornecimento de energia. A Defesa Civil registrou problemas em Santo Antônio da Patrulha, onde 28 casas e cinco escolas tiveram seus telhados danificados, além de quedas de árvores e postes. Em Sarandi, cerca de 400 pessoas foram afetadas por destelhamentos parciais, resultando em 12 pessoas desalojadas em Parobé.

Os municípios de Igrejinha, Erechim e Santa Maria foram os mais impactados pelos fortes ventos, com registros de 133,2 km/h, 122 km/h e 102 km/h, respectivamente. Em Porto Alegre, a velocidade do vento chegou a 83 km/h, de acordo com a Defesa Civil e dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Na manhã seguinte, 40 mil clientes da CEEE Equatorial permaneciam sem energia, com maior impacto em Porto Alegre, Viamão, Alvorada e Terra de Areia. Já a RGE reportou 30,5 mil clientes sem energia devido ao temporal. No Paraná, 155 mil clientes estavam sem energia na quinta-feira, com a queda de uma torre de energia elétrica em Cascavel, segundo informações da Copel.

A MetSul Meteorologia alertou para um cenário meteorológico complexo, que envolve a formação do ciclone, a presença de ar quente, pressão atmosférica baixa e a atuação de uma corrente de jato em baixos níveis da atmosfera, favorecendo a formação de temporais no centro-sul do Brasil na sexta-feira. A população deve se manter atenta e seguir as orientações das autoridades para minimizar os impactos desses eventos climáticos extremos.

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