A pesquisa analisou conversas nas redes sociais TikTok, Bluesky e X (ex-Twitter) e identificou que 13,7% dos jogadores reconhecem o vício, enquanto 10% manifestam o desejo de parar de jogar. De acordo com Kaio Sobreira, chefe de pesquisa da Orbit, esses jogadores estão criando grupos de apoio, trocando dicas de como parar e procurando aplicativos para ajudar no processo de reabilitação.
Enquanto em países como Reino Unido e Austrália existem regulamentações que destinam recursos para entidades que tratam do vício em apostas online, no Brasil ainda não há redes de apoio públicas. Os jogadores brasileiros estão se organizando por conta própria, criando grupos de Whatsapp e se ajudando mutuamente.
Os relatos nas redes sociais apontam para uma percepção de que o vício em apostas online é um problema social grave, com citações frequentes de busca por apoio religioso, acúmulo de dívidas e relatos de empréstimos com agiotas. A tristeza é o sentimento mais prevalente entre os jogadores que relatam perdas, seguido por desespero, arrependimento e vergonha.
Os grupos de apoio nas redes sociais tentam oferecer suporte aos jogadores que enfrentam problemas financeiros e emocionais devido ao vício em apostas. Mensagens de encorajamento e relatos de experiências pessoais são compartilhados, criando um ambiente de solidariedade entre os membros.
A pesquisa da Orbit utilizou uma amostra aleatória para classificar os sentimentos dos jogadores com 95% de nível de confiança e 3% de erro amostral. A análise reforça a importância do apoio mútuo e da conscientização sobre os riscos associados aos jogos de aposta, destacando a necessidade de mais iniciativas de prevenção e tratamento do vício nesse contexto.