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Acordo histórico de reparação da tragédia de Mariana é assinado após nove anos de negociações e mais de 300 reuniões

Após quase nove anos do desastre de Mariana (MG), finalmente foi assinado um acordo de repactuação nesta sexta-feira (25). Foram três anos de negociações e mais de 300 reuniões até que o acordo fosse efetivado. A cerimônia de assinatura ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Lula, do partido PT.

O acordo prevê que as mineradoras arquem com o valor total de R$ 170 bilhões, sendo R$ 100 bilhões em novos recursos. Esses recursos serão destinados a municípios, estados, famílias e organizações afetadas pelo desastre. Além disso, a Samarco terá que cumprir obrigações no valor de R$ 32 bilhões, como a retirada de rejeitos do rio Doce e o pagamento de indenizações às pessoas atingidas. A Fundação Renova, entidade responsável pela reparação dos danos e que será extinta com o acordo, já teria investido mais R$ 38 bilhões.

A primeira parcela do valor acordado, de R$ 5 bilhões, deverá ser paga em até 30 dias após a assinatura do acordo. O restante será dividido em pagamentos anuais, até o ano de 2043. Os valores variam de R$ 4,41 bilhões a R$ 7 bilhões anuais, de acordo com informações do governo federal.

O acordo foi negociado com a participação dos governadores de Minas Gerais e do Espírito Santo, representando os 49 municípios afetados. Autoridades do governo, Ministério Público Federal e representantes dos estados também estiveram presentes na cerimônia de assinatura.

A assinatura do acordo marca os nove anos do rompimento da barragem de Fundão, que resultou na morte de 19 pessoas e na poluição de milhões de metros cúbicos de rejeitos na bacia do rio Doce. A expectativa é que o acordo traga alívio para as vítimas e contribua para a reparação dos danos causados pelo desastre.

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