Repórter São Paulo – SP – Brasil

Acordo bilionário da Vale em Mariana enfraquece demanda por indenizações no Reino Unido

Na manhã desta sexta-feira (25), a Vale anunciou a assinatura de um acordo que visa reparar os danos causados pela tragédia de Mariana, em Minas Gerais. Este acordo, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi firmado no Palácio do Planalto e envolve um montante total de R$ 170 bilhões, dos quais R$ 38 bilhões já foram desembolsados. A mineradora considera que esse acordo impacta diretamente em uma ação judicial que está em andamento no Reino Unido, envolvendo mais de 620 mil pessoas, 46 governos locais e cerca de 2.000 empresas.

Segundo Alexandre D’Ambrosio, vice-presidente de Assuntos Corporativos da Vale, o acordo no Brasil enfraquece os argumentos dos advogados no Reino Unido, demonstrando que o problema está sendo resolvido internamente. Com a compensação prevista no acordo brasileiro, a mineradora acredita que a defesa dos réus será fortalecida diante da ação no exterior.

O montante requerido na ação do Reino Unido é de 36 bilhões de libras, equivalente a R$ 266 bilhões, que seria um dos maiores valores da história da Justiça britânica. Com a conclusão das negociações com as autoridades brasileiras, supervisionadas pelo governo, a Vale sustenta que o Brasil é a jurisdição correta para discutir o assunto, o que pode impactar o desenrolar do processo no exterior.

Além disso, o acordo assinado já teve influência nos resultados trimestrais da Vale, com um aumento nas provisões para o pagamento dos valores acordados. O presidente da empresa, Gustavo Pimenta, destacou que este acordo representa um marco importante na história da companhia, reforçando o compromisso com as pessoas, as comunidades e o meio ambiente.

Pimenta, que assumiu a missão de melhorar o relacionamento da Vale com diversos públicos de interesse, enfatizou que isso é um dos pilares da estratégia futura da empresa. Ele ressaltou a importância de construir relações duradouras e de confiança, visando melhorar não apenas o relacionamento com as comunidades locais, mas também a eficiência das operações da empresa.

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