No dia 12 de outubro, os pescadores saíram para pescar no rio Paraná de Urucará, na expectativa de capturar tucunarés e outras espécies locais. Entretanto, acabaram se deparando com artefatos cerâmicos, incluindo um jarro de barro bem preservado e sete outras peças menores quebradas.
A descoberta foi feita no Pedral do São José, próximo ao bairro dos pescadores. O jarro encontrado, descrito por Batista como semelhante a um frasco grande de amaciante de roupas, chamou a atenção pelo seu formato oval e abertura cilíndrica, indicando sua utilização para armazenar ou servir líquidos.
Essa não é a primeira vez que a região revela vestígios arqueológicos devido à baixa do nível dos rios. No entanto, a preocupação com a preservação desses artefatos levou os pescadores a recolher as peças e acionar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para avaliação.
A prefeitura de Urucará informou que está orientando a população sobre a importância da preservação do local onde foram encontradas as cerâmicas. Além disso, está sendo estudada a criação de um museu municipal para abrigar todos os artefatos descobertos na região ao longo dos anos.
A seca histórica tem afetado mais de 800 mil pessoas no Amazonas, dificultando o abastecimento de água e alimentos em diversas áreas. No entanto, segundo o governo estadual, a estiagem está próxima do fim, com previsão de enchimento dos rios nos próximos dias.
Essa descoberta arqueológica feita pelos pescadores em meio à seca na Amazônia destaca a importância de preservar e valorizar o patrimônio histórico da região, trazendo à tona parte da história que estava submersa nas águas dos rios locais.