O documento destacou que em 2023 o planeta atingiu um recorde de emissões, totalizando 57,1 gigatoneladas de CO2 equivalente, um aumento de 1,3% em relação ao ano anterior. Essa trajetória de crescimento das emissões está muito acima da média registrada na década anterior à pandemia da Covid-19, o que evidencia a urgência de ações concretas para reverter esse quadro.
Para alcançar a meta de 1,5°C, a comunidade internacional precisa se comprometer com uma redução drástica das emissões, com a apresentação de atualizações das contribuições nacionalmente determinadas (NDCs). As projeções do Pnuma indicam que é necessário reduzir as emissões em 42% até 2030 e em 57% até 2035 para manter vivo o objetivo estabelecido.
A diretora-executiva do Pnuma, Inger Andersen, ressaltou a importância de uma mobilização global sem precedentes para enfrentar a crise climática. Ela alertou que a meta de 1,5°C está cada vez mais ameaçada, e que é fundamental agir de forma imediata para evitar que o planeta atinja níveis de aquecimento ainda mais preocupantes.
O relatório também apontou a necessidade de ampliar o uso de energias renováveis, reduzir o desmatamento e adotar medidas de eficiência energética em diversos setores, como transporte, indústria e construção. Os especialistas enfatizaram a importância do financiamento como uma questão central a ser discutida na próxima conferência climática.
Diante desse panorama alarmante, a comunidade internacional enfrenta um desafio sem precedentes para frear as mudanças climáticas e manter viva a esperança de limitar o aquecimento global a 1,5°C. Ações urgentes e coordenadas são essenciais para garantir um futuro sustentável e próspero para as gerações futuras.