Houve críticas ao regime do presidente Ilham Aliyev, que está no poder desde 2003. Os eurodeputados instaram os líderes da União Europeia a lembrarem o Azerbaijão de suas obrigações internacionais durante a COP29 e abordarem o histórico de direitos humanos do país. Além disso, pediram que a UE reduza sua dependência do gás comprado no Azerbaijão.
O comissário europeu Nicolas Schmit ressaltou a importância de reverter a repressão no Azerbaijão, que tem aumentado nos últimos anos. Ele destacou a necessidade de libertar todos os presos políticos, incluindo jornalistas, defensores dos direitos humanos e ativistas políticos.
Os eurodeputados também pediram que futuras conferências das Nações Unidas sobre mudanças climáticas não sejam realizadas em países com históricos ruins de direitos humanos. A resolução aprovada exige que qualquer acordo futuro entre a UE e o Azerbaijão esteja condicionado à libertação de prisioneiros políticos, implementação de reformas legais e melhoria da situação dos direitos humanos no país. Além disso, pede uma genuína disposição de Baku para negociar a paz com a Armênia.
O governo do Azerbaijão respondeu à resolução dos eurodeputados criticando a influência da Armênia na decisão e insinuando que algumas discussões no Parlamento Europeu são um “teatro do absurdo”. Hikmet Hajiyev, chefe de política externa do Azerbaijão, acusou alguns eurodeputados de estarem no “pagamento do lobby armênio” e reiterou a posição do país em relação aos prisioneiros de guerra armênios.
A resolução aprovada pelo Parlamento Europeu visa pressionar o Azerbaijão a respeitar os direitos humanos e garantir que a COP29 seja realizada em um ambiente que promova a liberdade e a democracia. O debate sobre a situação no Azerbaijão continua gerando controvérsias e oposição entre as autoridades locais e a comunidade internacional.