Influenciador conservador Guilherme Freire é acusado de assédio moral e sexual por ex-colega de trabalho em ação indenizatória.

Em recente notícia veiculada, o influenciador conservador Guilherme Freire está sendo acusado de assédio moral e sexual por uma ex-colega de trabalho, Catarina Torres, em uma ação indenizatória protocolada na Justiça de São Paulo. Segundo relatos, os episódios de assédio teriam ocorrido no final de 2021, quando Catarina, então com 18 anos, entrou para trabalhar na produtora de direita Brasil Paralelo, onde Guilherme Freire ocupava o cargo de diretor de conteúdo.

De acordo com informações do processo, foram apresentados áudios e conversas de WhatsApp que sugerem a existência de ao menos mais três possíveis vítimas das práticas de assédio por parte de Freire. Procurado para comentar sobre as acusações, o influenciador não respondeu aos contatos feitos pela imprensa. Seu advogado, Miguel Vidigal, alegou que o processo é baseado em calúnias e que a defesa do cliente será feita em juízo.

Catarina relata ter tentado expor o caso nas redes sociais, porém foi alvo de cancelamento, devido ao grande número de seguidores que Guilherme Freire possui em suas redes e por já ter ocupado cargos de destaque em governos anteriores. Com mais de 450 mil seguidores no Instagram, Freire é conhecido por abordar temas como história, virtudes e religião em suas publicações.

Antes de trabalhar na Brasil Paralelo, Guilherme Freire atuou como secretário adjunto na Secretaria Nacional de Juventude do governo Bolsonaro e como coordenador de empreendedorismo e chefe de gabinete na secretaria do Planejamento do governo do estado do Paraná. Após deixar a produtora em agosto de 2022, abriu duas empresas onde ministra aulas de filosofia e tradicionalismo.

O processo movido por Catarina alega que Freire praticou comportamentos repetidos e invasivos, tentando manipular a jovem. As acusações incluem chamadas para conversas privadas, comentários sobre aparência e comportamento de cunho constrangedor, além de tentativas de sedução por meio de sua posição social. A defesa da jovem relata ainda casos de assédio moral e ameaças de demissão caso as exigências de Freire não fossem atendidas.

Os advogados de Catarina alegam danos morais, psicológicos e materiais em decorrência dos episódios de assédio, pedindo uma indenização de R$ 200 mil, além de outros valores referentes a lucros cessantes e pensão vitalícia. A Brasil Paralelo, produtora onde os fatos ocorreram, afirmou que está colaborando com as investigações e respeitando a confidencialidade dos envolvidos.

O caso de Guilherme Freire levanta discussões sobre a importância de combater e denunciar casos de assédio, destacando a necessidade de garantir um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos os profissionais. A justiça terá agora a responsabilidade de analisar as provas apresentadas e realizar um julgamento justo e imparcial para todas as partes envolvidas.

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