Os números apontam para um total de 4,32 milhões de inscrições para o Enem em 2024, o que reflete um crescimento de 9,95% em relação ao ano anterior. Essa retomada na participação de candidatos, principalmente daqueles que estão concluindo a educação básica, ocorre após o Enem ter atingido o menor índice durante o governo de Jair Bolsonaro. Em 2021, dos 3,3 milhões de inscritos, apenas 1,1 milhão eram concluintes do ensino médio.
O aumento nas inscrições é visto por especialistas como um sinal de recuperação para os padrões normais de participação na prova. Diversos estados brasileiros conseguiram registrar a inscrição de 100% dos alunos de escola pública no Enem, enquanto Santa Catarina e São Paulo apresentaram os menores índices, com 73,48% e 79,87%, respectivamente.
Esse aumento na participação dos jovens no Enem é atribuído a uma melhor comunicação e propaganda do exame, além de ações que incentivam a participação dos alunos, como o programa Pé-de-Meia, lançado pelo governo Lula em 2024. O programa prevê o pagamento de uma bolsa mensal de R$ 200 para quem frequentar a escola, com um adicional de R$ 200 para os participantes do Enem.
Durante a gestão anterior, o Enem enfrentou disputas ideológicas, problemas de organização e até tentativas de interferência no conteúdo da prova. O governo de Bolsonaro chegou a descredibilizar o exame e desestimular muitos jovens a prestá-lo. Questões sobre ditadura militar, por exemplo, foram retiradas da prova e houve polêmicas em relação aos temas abordados.
Com a chegada de um novo governo e a implementação de políticas de incentivo à educação, como o programa Pé-de-Meia, a participação dos jovens no Enem tem apresentado um crescimento significativo, o que indica uma retomada positiva no cenário educacional do país.