Guardas municipais atiram em manifestantes durante protesto no interior de SP; quatro pessoas ficam feridas em Rio Claro

Na tarde deste domingo (20), na cidade de Rio Claro, interior de São Paulo, quatro pessoas ficaram feridas após serem atingidas por munições de plástico disparadas à queima-roupa por guardas-civis municipais. O incidente ocorreu durante um protesto de moradores contra a apreensão de uma motocicleta e a ação dos agentes.

Os guardas utilizaram cartuchos com bagos de plástico calibre 12 em curta distância, na avenida 62 A, no bairro Oreste Armando Giovanni. Segundo a Prefeitura de Rio Claro, os agentes estavam no local para verificar abusos cometidos por motoristas e motociclistas. A confusão teve início quando os moradores questionaram os motivos da apreensão da moto.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram os guardas disparando contra os moradores à queima-roupa, após ordem para se afastarem. Como resultado, dois homens, uma mulher e uma adolescente foram detidos. A Secretaria da Segurança Pública do estado de São Paulo justificou o uso da munição não letal devido ao ataque dos suspeitos aos guardas.

Os detidos sofreram ferimentos nos braços, pernas e tórax. Em entrevista à EPTV, o mecânico Guilherme Henrique Alves dos Santos, proprietário da moto, criticou a ação dos guardas, considerando-a injusta e sem sentido. Ele questionou por que não foi utilizado spray de pimenta para dispersar a multidão.

A Prefeitura de Rio Claro afirmou que o caso será apurado e a Corregedoria da Guarda Civil Municipal irá investigar eventuais excessos cometidos pelos agentes. A Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Civil ressaltou que foi determinada a abertura de um procedimento disciplinar para apurar o ocorrido.

O uso excessivo da força por parte das autoridades locais gerou indignação e questionamentos por parte dos moradores e da população em geral. Incidentes como esse levantam debates sobre a abordagem policial e a necessidade de investigações transparentes e imparciais em casos de violência cometida por agentes de segurança.

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