Os investidores continuam apostando em cortes mais moderados nas taxas de juros nos Estados Unidos e precificando os riscos de uma possível vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais. As preocupações incluem um aumento do protecionismo comercial, especialmente em relação ao México e à China, além de cortes de impostos que poderiam gerar inflação. Além disso, as incertezas no cenário fiscal brasileiro também estão no radar dos investidores.
Especialistas do mercado destacam que o nível de gastos no Brasil está elevado, o que gera preocupações em relação ao endividamento público. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda terá reuniões para discutir propostas de ajuste nas despesas públicas, que serão apresentadas após seu retorno de Washington, onde participa dos encontros anuais do FMI e Banco Mundial.
Na terça-feira, o dólar à vista teve uma leve alta de 0,12%, chegando a R$ 5,6973. As oscilações podem ser mais estreitas nesta quarta-feira, especialmente em relação aos juros, devido à expectativa pela divulgação do IPCA-15 de outubro na quinta-feira. O mercado projeta uma aceleração no IPCA-15 em outubro, impulsionada pelo aumento nas tarifas de energia elétrica e nos preços dos alimentos.
Além disso, eventos em Washington com representantes do Banco Central e do Federal Reserve também estão sendo acompanhados de perto pelos investidores. Às 9h34 desta quarta-feira, o dólar à vista subia 0,44%, alcançando R$ 5,7222. O dólar para novembro também registrava alta de 0,44%.