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Caminhoneiro que matou três pessoas a tiros em Novo Hamburgo é morto em confronto com o Bope em sua residência

Na madrugada desta quarta-feira (23), o Brasil ficou chocado com a notícia de um trágico episódio em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. O caminhoneiro Edson Fernando Crippa, de 45 anos, matou três pessoas a tiros e deixou outras nove feridas antes de ser morto em confronto com o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).

Segundo informações da Polícia Civil, a tragédia teve início quando a Brigada Militar foi acionada para atender uma ocorrência na residência de Edson. O atirador havia sido denunciado pelo próprio pai, que alegava estar sendo vítima de maus-tratos. No local, Edson iniciou uma sequência de disparos, vitimando seu pai, seu irmão e um soldado da Brigada Militar identificado como Everton Kirsch Júnior.

Além das três vítimas fatais, outras nove pessoas ficaram feridas, incluindo familiares de Edson e agentes da segurança pública. O soldado Everton Kirsch Júnior, que deixou esposa e um filho de apenas 45 dias, tinha seis anos de serviço na polícia. Dois policiais permanecem em estado grave no Hospital Municipal de Novo Hamburgo.

A investigação preliminar apontou que Edson sofria de esquizofrenia e já havia sido internado quatro vezes em instituições psiquiátricas. Surpreendentemente, apesar do histórico de transtornos mentais, o caminhoneiro possuía registro como CAC (colecionador, atirador desportivo ou caçador) e era proprietário de quatro armas de fogo, além de mais de 300 munições intactas.

O tenente-coronel Alexandre Famoso, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar de Novo Hamburgo, relatou que diversas equipes tentaram negociar com o atirador, mas ele não respondeu a nenhuma tentativa de contato. A situação se tornou ainda mais crítica quando outras equipes foram recebidas a tiros ao chegar no local.

O desfecho trágico dessa ocorrência levanta questionamentos sobre a posse de armas por pessoas com transtornos mentais e a capacidade de resposta das forças de segurança diante de situações de extremo risco. A comunidade de Novo Hamburgo está consternada com a perda de vidas e a violência presenciada nesta madrugada.

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