O avião foi detectado pelos radares do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Sisdabra) e prontamente interceptado por aeronaves militares de defesa aérea quando sobrevoava a cidade de Lábrea, localizada no sul do Estado do Amazonas, a aproximadamente 700 quilômetros de Manaus.
Segundo a FAB, os pilotos das aeronaves militares emitiram ordens para que o piloto do monomotor se identificasse, alterasse a rota e pousasse. Entretanto, as instruções não foram seguidas e os militares precisaram realizar disparos de aviso para forçar o cumprimento.
Após isso, o piloto realizou um pouso de emergência em uma área sem vegetação próxima à Rodovia Transamazônica. Antes de fugir, ele ainda incendiou o próprio avião, provavelmente com o intuito de destruir possíveis evidências que pudessem facilitar sua identificação.
O major-brigadeiro João Campos Ferreira Filho, chefe do Estado Maior Conjunto do Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), elogiou a prontidão das tripulações e o desempenho das tecnologias de monitoramento empregadas nos radares da FAB, destacando a eficácia das ações para mapear rotas de traficantes e evitar que drogas cheguem ao seu destino final.
A Polícia Federal está investigando o caso para descobrir a real intenção do avião interceptado em território brasileiro, levantando a suspeita de tráfico de drogas como principal motivação para a ação irregular.