Para o diretor, é fundamental que a contratante do Banking as a Service atue apenas como um canal de acesso, sem realizar movimentações financeiras. Ele ressaltou que a instituição de pagamento autorizada que presta esse serviço deve ser responsável pela avaliação do cliente e pelo cumprimento das obrigações legais e regulamentares. Gomes alertou para os riscos envolvidos nas parcerias atuais, que permitem que empresas não financeiras ofereçam produtos e serviços financeiros por meio de instituições reguladas.
Um levantamento do Banco Central identificou práticas preocupantes nesse sentido, incluindo transações realizadas por instituições não reguladas e não participantes do Pix. Gomes ressaltou os possíveis impactos negativos dessas lacunas regulatórias, como falhas operacionais, riscos de segurança cibernética e questões relacionadas à prevenção de lavagem de dinheiro. Ele enfatizou a importância de uma regulamentação adequada para evitar problemas de conduta e garantir a estabilidade do sistema financeiro nacional.
Diante desse cenário, o Banco Central tem buscado aprimorar a consulta pública sobre o BaaS, visando estabelecer diretrizes claras para a atuação nesse segmento. A preocupação com a segurança e a eficiência das operações financeiras tem sido uma prioridade para a autarquia, que busca proteger os interesses dos consumidores e a integridade do sistema financeiro como um todo.