Repressão contra ativistas ambientais na Europa aumenta, com penas de prisão e multas de milhares de euros, alerta relatório da ONU.

A Europa tem sido palco de um aumento nas medidas repressivas contra ativistas ambientais, com penas de prisão, multas exorbitantes e acusações de terrorismo se tornando cada vez mais comuns. O caso de Paul Watson, fundador da ONG Sea Shepherd, exemplifica esse cenário, com a Dinamarca analisando seu pedido de extradição para o Japão por conta de acusações relacionadas a uma ação contra a caça às baleias.

Enquanto isso, a nomeação de um relator especial da ONU para os defensores ambientais demonstra a crescente preocupação com a situação. O advogado francês Michel Forst destacou em seu relatório a repressão e criminalização dos protestos ambientais na Europa, alertando para os riscos que isso representa para a democracia e os direitos humanos.

No Reino Unido, as punições aos ativistas têm se tornado mais severas, com casos de prisão por danos criminosos e bloqueios de estradas resultando em sentenças recordes. Da mesma forma, a Itália implementou uma lei contra o ecovandalismo que prevê penas de prisão e multas para danos causados durante protestos.

Essas medidas repressivas têm gerado preocupação entre organizações não governamentais, como a Climate Action Network, que apontam para os desafios crescentes enfrentados pelos ativistas ambientais na região. Romain Didi, coordenador da CAN Europe, ressaltou a importância de apoiar esses ativistas diante da repressão e da retórica hostil empregada por alguns políticos.

Para lidar com essa situação, iniciativas de apoio, como aconselhamento jurídico e psicológico, têm sido organizadas para garantir a proteção e o suporte dos ativistas. O relator da ONU enfatizou a importância da desobediência civil pacífica como um direito protegido, destacando que ações não violentas não devem ser tratadas como criminosas.

Diante desse cenário de repressão crescente na Europa, a defesa dos direitos dos ativistas ambientais e a garantia de seu direito à manifestação pacífica tornam-se fundamentais para a preservação da democracia e dos valores democráticos na região.

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