Enquanto Tertuliana protagonizava sua performance, a esquerda debatia intensamente sobre a suposta presença de racismo nos anúncios da Heinz, especialmente na campanha de Halloween que fazia referência ao personagem Coringa. Um dos anúncios mostrava um homem negro com a boca manchada de ketchup, gerando discussões sobre o “blackface”. Outro anúncio, com um casal de noivos, trouxe à tona críticas sobre a ausência do pai da noiva negra, sendo apontado como reforço de estereótipos raciais.
Essa situação levanta questionamentos sobre a postura da esquerda frente a questões identitárias e individuais que acabam desviando o foco de problemas estruturais e coletivos que deveriam ser prioridade para promover a justiça social. A radicalização e hiperfocalização em pautas controversas têm contribuído para divisões internas e deslegitimação do debate público, enquanto a direita se beneficia desse cenário para avançar em suas pautas e ganhar eleições.
Diante disso, é crucial que a esquerda repense suas estratégias e prioridades, deixando de lado disputas superficiais e individuais para focar em questões que realmente promovam a igualdade e justiça social. Enquanto a esquerda se ocupa com polêmicas sobre propaganda de ketchup, a direita avança e ganha terreno, demonstrando a importância de unidade e foco nas verdadeiras causas progressistas. O desafio agora é encontrar um equilíbrio entre identidade e coletividade para fortalecer a atuação política e evitar polarizações desnecessárias que enfraquecem o movimento progressista como um todo.