Essa situação alarmante levou o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) a emitir um alerta, indicando que episódios semelhantes podem se repetir no Brasil. O órgão ressalta a importância de seguir rigorosamente os critérios estabelecidos por autoridades médicas e sanitárias para garantir a eficácia e segurança desses procedimentos.
Dados de mutirões anteriores realizados em Rondônia e no Amapá também evidenciaram casos de infecção pós-operatória, mostrando a gravidade do problema. Diante desse cenário preocupante, o CBO decidiu disponibilizar um Guia de Mutirões de Cirurgia Oftalmológica, com o intuito de orientar gestores públicos e privados, profissionais de saúde e toda a população sobre as melhores práticas a serem adotadas nesse tipo de procedimento.
Orientações claras e detalhadas são apresentadas no guia, abordando desde a organização do mutirão até os cuidados pós-operatórios. É fundamental que os mutirões sejam realizados em locais com experiência comprovada nesse tipo de serviço e que os profissionais envolvidos sejam devidamente qualificados. Além disso, o monitoramento das atividades deve ser feito pelas vigilâncias sanitárias locais, garantindo o cumprimento de todas as exigências técnicas e operacionais.
Os médicos que participam desses mutirões também possuem responsabilidades específicas, como informar corretamente os pacientes sobre os procedimentos a serem realizados, seus direitos e cuidados pós-operatórios. A participação ativa dos pacientes, familiares e acompanhantes também é fundamental para garantir uma assistência segura e reduzir os riscos de eventos adversos.
Portanto, a prevenção de novos casos de infecção pós-operatória em mutirões oftalmológicos requer o engajamento de todos os envolvidos, desde os profissionais de saúde até os pacientes. É essencial seguir as recomendações e orientações do CBO para garantir a segurança e eficácia desses procedimentos, evitando que situações como a ocorrida em Parelhas se repitam.