Manoel Filho descreveu o ato como um reflexo rápido e instintivo, tentando cobrir Wesley antes do impacto do elevador no chão. Infelizmente, a terceira passageira, Adriana Maria de Jesus, de 45 anos, não sobreviveu aos ferimentos e faleceu dias depois. Wesley passou por quatro cirurgias, enquanto Manoel ainda não recuperou a capacidade de andar após o acidente.
Este não foi um incidente isolado, pois em julho do mesmo ano, o Rio de Janeiro também registrou três acidentes com elevadores em menos de 24 horas, resultando em mortes e feridos. A queda do elevador em Higienópolis levantou questões sobre a segurança desses equipamentos e a responsabilidade das empresas envolvidas.
Advogados especialistas em direito de seguros e outras áreas foram acionados para investigar o caso e levantar dados sobre acidentes com elevadores. Os advogados também buscaram identificar possíveis falhas no sistema de inspeção e manutenção dos elevadores, visando evitar tragédias futuras.
A empresa responsável pelo elevador acidentado, a Atlas Schindler, argumentou que o equipamento estava operando há mais de 60 anos sem atualizações tecnológicas, e que haviam recomendado a modernização do equipamento ao condomínio, sendo esta recomendação não acatada.
O advogado do condomínio contesta essa versão e afirma que não houve destaque ou recomendação específica da empresa para a modernização dos elevadores. A decisão sobre a modernização dos elevadores cabe ao condomínio, segundo a empresa. A tragédia do elevador em Higienópolis trouxe à tona a importância da manutenção adequada desses equipamentos e a necessidade de fiscalização e atualização constante para garantir a segurança dos usuários.