Elevador em Higienópolis: sobreviventes relatam o momento da queda e advogados se reúnem para debater responsabilidades e riscos.

No dia 25 de agosto, um acidente envolvendo um elevador no bairro de Higienópolis, em São Paulo, chocou a população. O pedreiro Wesley Pereira da Silva, de 27 anos, era um dos três passageiros no elevador que despencou, e ele relata que as lembranças do momento são escassas. Ao sentir a queda, Wesley viu seu colega Manoel Gomes Filho, de 64 anos, tentando proteger os passageiros antes de desmaiar.

Manoel Filho descreveu o ato como um reflexo rápido e instintivo, tentando cobrir Wesley antes do impacto do elevador no chão. Infelizmente, a terceira passageira, Adriana Maria de Jesus, de 45 anos, não sobreviveu aos ferimentos e faleceu dias depois. Wesley passou por quatro cirurgias, enquanto Manoel ainda não recuperou a capacidade de andar após o acidente.

Este não foi um incidente isolado, pois em julho do mesmo ano, o Rio de Janeiro também registrou três acidentes com elevadores em menos de 24 horas, resultando em mortes e feridos. A queda do elevador em Higienópolis levantou questões sobre a segurança desses equipamentos e a responsabilidade das empresas envolvidas.

Advogados especialistas em direito de seguros e outras áreas foram acionados para investigar o caso e levantar dados sobre acidentes com elevadores. Os advogados também buscaram identificar possíveis falhas no sistema de inspeção e manutenção dos elevadores, visando evitar tragédias futuras.

A empresa responsável pelo elevador acidentado, a Atlas Schindler, argumentou que o equipamento estava operando há mais de 60 anos sem atualizações tecnológicas, e que haviam recomendado a modernização do equipamento ao condomínio, sendo esta recomendação não acatada.

O advogado do condomínio contesta essa versão e afirma que não houve destaque ou recomendação específica da empresa para a modernização dos elevadores. A decisão sobre a modernização dos elevadores cabe ao condomínio, segundo a empresa. A tragédia do elevador em Higienópolis trouxe à tona a importância da manutenção adequada desses equipamentos e a necessidade de fiscalização e atualização constante para garantir a segurança dos usuários.

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