As certidões indicam a venda da torre por R$ 43.324.500, da agência bancária e da sobreloja por R$ 19.329.000, e de duas salas por R$ 10.370.000 e R$ 11.976.500, totalizando R$ 85 milhões. A construtora removeu os vidros e esquadrias em três pavimentos, expondo o interior do edifício.
Em nota, a empresa prometeu manter o projeto original, realizando substituições ou recuperações nos materiais desgastados. Além disso, afirmou que irá preservar todas as características originais e obras de arte presentes no edifício.
Projetado pelo arquiteto Ary Garcia Roza, o prédio abriga obras de artistas renomados como Athos Bulcão, Bruno Giorgi e Burle Marx. Mesmo não sendo tombado, o edifício recebeu “indicação de preservação” no PPCUB, regulamentado recentemente.
O Iphan apontou que a construtora apresentou laudos técnicos de empresas privadas para justificar a remoção das esquadrias. A Paulo Octávio solicitou a suspensão do embargo e se comprometeu a executar a obra apenas após a aprovação do projeto.
Desde que o Banco do Brasil deixou o local em 2015, o edifício ficou vazio, com exceção da agência bancária. O pedido de tombamento da obra foi feito em 2016 e está em análise. A Secretaria DF Legal notificou a construtora a apresentar projeto aprovado e licenciamento da obra conforme o PPCUB.
A Secretaria de Cultura e Habitação não se pronunciaram sobre o assunto. O edifício, mesmo dispensado de licenciamento, deve cumprir as normas de preservação indicadas no PPCUB. A situação permanece em análise, com a expectativa de preservar a história e arquitetura desse icônico prédio de Brasília.