O avião acidentado estava participando dos preparativos para a Operação Cruzeiro do Sul, conhecida como Cruzex, que é o maior exercício de guerra aérea da América Latina e que em novembro receberá a participação de aeronaves e pilotos de diversos países. Com 14,45 metros de comprimento, 8,13 metros de envergadura e capacidade para alcançar uma velocidade máxima de 1.960 Km/h, o F-5M é amplamente utilizado para defesa aérea e ataques.
No entanto, a FAB vem modernizando seus caças F-5 desde 2005, com a última aeronave reformada sendo entregue em 2020. Além disso, a chegada dos aviões suecos F-39 Gripen em 2021 tem sido um passo importante na renovação da frota. A modernização incluiu a implantação de armamentos inteligentes, como mísseis de alcance além do visual, e a capacidade de reabastecimento em voo.
No contexto da Operação Cruzex, que reunirá 16 países no próximo mês, o acidente com o avião F-5M chamou a atenção para os riscos envolvidos nessas atividades de treinamento. O piloto conseguiu se ejetar com segurança antes da aeronave colidir com o solo, gerando uma grande explosão e fumaça. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado para investigar as possíveis causas do acidente e prevenir ocorrências semelhantes no futuro.
Com a possibilidade de aposentadoria dos F-5 e dos 30 AMX da frota, o Brasil estuda a compra de caças norte-americanos F-16 usados. A participação da FAB na Operação Cruzex, com a presença de várias nações, destaca a importância do evento para o treinamento e a integração de forças aéreas de diferentes países.