Essa ação fazia parte da Operação Hermes, que tem como objetivo combater o tráfico de animais silvestres. O dono da bagagem foi multado em R$ 12 mil por não possuir a licença ambiental necessária para a importação. As aranhas foram encaminhadas para o Laboratório de Coleções Zoológicas do Instituto Butantã, onde serão analisadas e incluídas em projetos de pesquisa científica.
O transporte ilegal de espécies silvestres e exóticas geralmente é feito com o intuito de criar os animais em casa ou vendê-los em criadouros clandestinos. Dentre os animais mais traficados ilegalmente estão invertebrados, ovos de aves e répteis, pequenos anfíbios e peixes. Além disso, produtos e subprodutos da fauna, como barbatanas de tubarão e bexigas natatórias de peixes, também chamam a atenção dos traficantes.
No decorrer deste ano em São Paulo, oito mil espécimes da fauna silvestre e exótica foram apreendidos, além de 40 quilos de bexigas natatórias de peixes e 120 quilos de barbatanas de tubarão. Uma outra ação da Operação Hermes ocorreu no Aeroporto Internacional de Belém, onde foram apreendidos três cocares e um chocalho feitos com penas de aves silvestres.
Essas apreensões foram feitas uma semana antes do Círio de Nazaré, evento religioso de grande importância em Belém. Além dos artefatos, foram encontradas duas serpentes, uma cabeça de lagarto, um escorpião, duas rãs, três centopeias e duas lesmas nas bagagens de passageiros que embarcavam em voos internacionais e domésticos. Dois cocares estavam com um francês que ia para Zurique, na Suíça, e o outro com uma portuguesa que voltaria para Lisboa, enquanto os animais silvestres estavam com um brasileiro que viajaria para Macapá.